O número de pessoas que morreram no incêndio florestal que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, aumentou para 62, disse hoje o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
O Governo vai decretar três dias de luto nacional.
Mais de 1.600 homens, apoiados por 495 veículos e 15 meios aéreos combatiam pelas 13 horas no Luxemburgo, cinco grandes incêndios que lavravam nos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Leiria e Santarém, segundo dados da Proteção Civil.
Juncker demonstra “profundo pesar” em carta a Marcelo
O presidente da Comissão Europeia enviou hoje o seu “profundo pesar” ao povo português e ao Presidente da República pela tragédia em Pedrógão Grande e outros concelhos vizinhos.
“Neste momento de dor e consternação quero, em nome da Comissão Europeia e no meu próprio, transmitir a vossa excelência e ao Povo Português, os sentimentos do nosso profundo pesar, bem como a expressão da nossa mais sentida solidariedade pelo incêndio em Pedrógão Grande”, lê-se na carta enviada por Jean-Claude Juncker a Marcelo Rebelo de Sousa.
Juncker disse que a Comissão Europeia já está a trabalhar com os restantes Estados-membros da União Europeia “para responder de forma imediata” ao pedido de assistência de Portugal ao mecanismo europeu de proteção civil e garantiu que, neste momento, os seus “pensamentos estão com todas as vítimas, suas famílias, bem como com os bravos soldados da paz que, no terreno e em circunstâncias muito difíceis, continuam a combater este terrível incêndio”.
“Um abraço amigo nesta hora de dor”, conclui o antigo primeiro-ministro luxemburguês do órgão executivo europeu na carta a Marcelo Rebelo de Sousa.
Primeiros-ministros de Espanha e Alemanha telefonaram a António Costa
Os primeiros-ministros de Espanha, Mariano Rajoy, e da Alemanha, Angela Merkel, telefonaram hoje ao líder do executivo português, António Costa, deixando palavras de solidariedade na sequência da tragédia do incêndio.
Fonte oficial do executivo português adiantou à agência Lusa que António Costa tem recebido de outros chefes de Governo e de responsáveis de instituições internacionais várias mensagens de solidariedade.
FPF estipula um minuto de silêncio
A Federação Portuguesa de Futebol estipulou hoje que será cumprido um minuto de silêncio no domingo e na segunda-feira antes dos jogos.
“Este ato simbólico visa homenagear a memória das vítimas do incêndio em Pedrógão Grande”, refere o comunicado da FPF.
A comitiva da seleção portuguesa de futebol presente na Rússia, palco da Taça das Confederações, também se solidarizou com as vítimas do incêndio.
“O dia em que iniciamos a participação na Taça das Confederações é igualmente um dia de grande consternação e dor para o País” refere o comunicado assinado por todos os elementos da comitiva lusa, em Kazan.
Segundo a nota publicada no site oficial da FPF, “a tragédia ocorrida em Pedrógão Grande, que reclamou a vida de tantos” compatriotas, “não pode deixar ninguém indiferente”.
“Nesta hora tão triste, enviamos as mais sentidas condolências às famílias, amigos e entes queridos das vítimas dos incêndios”, refere ainda a comitiva.
Para o jogo de hoje com o México, que assinala a estreia absoluta de Portugal na Taça das Confederações, ‘balão de ensaio’ para o Mundial2018, promete levar a memória da tragédia.
“Se temos consciência de que meras palavras não poderão minimizar a vossa dor que também é nossa, dizemos-vos, ainda assim, que hoje em campo levaremos o vosso coração no nosso coração”, concluiu a comitiva.
Papa reza pelas vítimas
O papa Francisco rezou hoje pelos mortos e feridos no incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, que já provocou pelo menos 58 mortos, e expressou a sua “proximidade ao querido povo português”.
“Eu transmito a minha proximidade ao querido povo português, atingido por um incêndio devastador que causou mortes, feridos e destruição”, disse Francisco na oração dominical do Angelus, no Vaticano.
Posteriormente, convidou os fiéis presentes na praça de São Pedro “a rezar em silêncio”.
Redação Latina/Lusa