Novas escolas internacionais públicas vão abrir em Esch-sur-Alzette, Dudelange e cidade do Luxemburgo
Radio Latina 2 min. 05.12.2023 Do nosso arquivo online

Novas escolas internacionais públicas vão abrir em Esch-sur-Alzette, Dudelange e cidade do Luxemburgo

Estas escolas existem há sete anos no Grão-Ducado.

Novas escolas internacionais públicas vão abrir em Esch-sur-Alzette, Dudelange e cidade do Luxemburgo

Estas escolas existem há sete anos no Grão-Ducado.
Foto: Maskot
Radio Latina 2 min. 05.12.2023 Do nosso arquivo online

Novas escolas internacionais públicas vão abrir em Esch-sur-Alzette, Dudelange e cidade do Luxemburgo

O novo Governo pretende abrir três novas escolas internacionais públicas. O projeto integra o programa de Governo 2023-2028.

O ministro da Educação, Claude Meisch, quer alargar assim este projeto que criou em 2016, com a primeira escola internacional pública do país em Differdange. Atualmente, o Grão-Ducado conta, ao todo, seis escolas internacionais públicas (Differdange-Esch, Mondorf-les-Bains, Junglinster, Clervaux, Mersch e cidade do Luxemburgo).


Escola Internacional de Differdange-Esch tem novo edifício para alunos da primária
A Escola Internacional de Differdange-Esch foi a primeira a recomeçar as aulas, há uma semana. Uma das principais novidades deste ano letivo é a inauguração do edifício definitivo para os alunos do ensino fundamental. A garantia foi dada à Rádio Latina pela diretora-adjunta, Elisabete da Silva Rocha.

Em declarações à Rádio Latina, a relações públicas do Ministério da Educação, Myriam Bamberg, avançou que as novas escolas internacionais deverão abrir nas imediações de Esch-sur-Alzette, de Dudelange e da cidade do Luxemburgo. Questionada sobre a calendarização dos três projetos, a assistente do ministro da Educação disse que ainda não há datas definidas para a abertura das escolas.

As escolas internacionais públicas surgem como uma alternativa à alfabetização em alemão que é proposta no sistema de ensino tradicional. Nestas escolas, a alfabetização pode fazer-se em francês, alemão ou inglês. A língua portuguesa é uma das línguas de opção que os alunos podem escolher, enquanto o luxemburguês é obrigatório para todos os alunos.

Estas escolas foram criadas para dar mais oportunidades de sucesso às crianças com percurso escolar já iniciado noutro país e que no Luxemburgo se confrontam com a barreira linguística.

Para os próximos cinco anos, Meisch tem dois objetivos principais: a aprendizagem das línguas e aproximar o ensino formal do não formal, tais como os ateliers de tempos livres (maisons relais, em francês) e as creches.

Alfabetização em francês 

Para o ministro liberal (DP), o multilinguismo no Grão-Ducado é uma força mas também um grande desafio. No Luxemburgo, a alfabetização é feita em alemão, mas o objetivo para os próximos anos é haver escolas que proponham alfabetização em francês.

A relações públicas do Ministério da Educação confirma à Rádio Latina que atualmente há quatro projetos-piloto de alfabetização em francês, nomeadamente em Larochette, Dudelange (escola Deisch), Differdange (escola fundamental Oberkorn) e em Schiffange (escola Nelly Stein).

Sistema de ensino mais avaliado


La scolarisation des réfugiés ukrainiens pose des défis majeurs au ministère de l'Éducation nationale.
Alunos do sistema europeu têm menos atrasos do que os alunos do sistema nacional
Nas escolas com sistema europeu as crianças podem escolher desde cedo outras línguas de aprendizagem, que não o alemão, e podem avançar melhor.

O ministro Claude Meisch afirma, por seu turno, que quer uma política educativa “científica” que seja regularmente avaliada para em caso de necessidade ser adaptada à evolução da população no país.

Claude Meisch tem uma trintena de reuniões programadas até final do mês de janeiro, com direções de escolas, sindicatos e representantes dos encarregados de educação e dos alunos com quem pretende debater os seus projetos.

Ensino discriminatório


schule
Aprovada lei para melhorar acolhimento dos alunos recém-chegados ao Luxemburgo
Cerca de quatro mil crianças e jovens chegam todos os anos ao Luxemburgo a meio do percurso escolar. Um desafio para o Luxemburgo.

O Luxemburgo tem um sistema de ensino discriminatório em que os filhos dos imigrantes portugueses são as principais vítimas, segundo o Conselho da Europa. Um relatório – da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância (ERCI na sigla em inglês), um organismo independente do Conselho da Europa – divulgado em setembro, conclui que as crianças estrangeiras ou descendentes de estrangeiros, com especial destaque para os de origem portuguesa, “são orientados em maior número para o ensino secundário técnico-profissional e têm o dobro das probabilidades de abandonar precocemente a escola ou a sua formação”.

Artigo: Susy Martins | Foto: Arquivo Getty Images


Notícias relacionadas

Lis de Pina é a primeira mediadora escolar do Luxemburgo, um novo cargo criado em setembro de 2018 pelo ministro da Educação, Claude Meisch.
Rapport « Les représentations du genre dans les manuels scolaires — cycle inférieur de l'enseignement secondaire » mat Interview mat enger vun den Autorinnen, Sylvie Kerger vun der uni.lu , Bücher , Maison des sciences humaines Esch-Belval Esch-sur-Alzette , Foto: Sandra Packard / Luxemburger Wort