Pobreza infantil. Luxemburgo é um dos piores no relatório da Unicef
Radio Latina 2 min. 07.12.2023 Do nosso arquivo online

Pobreza infantil. Luxemburgo é um dos piores no relatório da Unicef

Pobreza infantil. Luxemburgo é um dos piores no relatório da Unicef

Radio Latina 2 min. 07.12.2023 Do nosso arquivo online

Pobreza infantil. Luxemburgo é um dos piores no relatório da Unicef

Trinta mil crianças pobres.

O Luxemburgo é mau aluno no que toca ao risco de pobreza infantil. A nova edição do relatório Innocenti da Unicef revela que o Grão-Ducado é um dos piores no ranking dos 39 países ricos analisados. Entre eles, o Luxemburgo aparece no fundo da tabela, ocupando o 35º lugar.

O estudo mostra que, por cá, a taxa de risco de pobreza aumentou 3,7%, afetando cerca de 30.000 crianças no país. Escutado pela Rádio Latina, Paul Heber, diretor de comunicação da Unicef Luxemburgo, destaca a tendência negativa da última década.

O ranking da Unicef é liderado por Eslovénia, Polónia e Eslováquia. O responsável explica que foram tidos em conta países que “são comparáveis”, vincando que a ideia não é comparar alhos e cebolas e que, se há melhores alunos do que o Luxemburgo, há que seguir-lhes o exemplo.

A taxa de risco de pobreza infantil no Luxemburgo é superior à de Portugal. Por cá, essa percentagem é de 24,5%, ao passo que em Portugal é de 19,3%. No ranking, Portugal surge no 13º lugar, muito acima do Grão-Ducado. Paul Heber destaca os enormes progressos feitos por Portugal na última década.

“Há uma tendência para culpar aqueles que são pobres”

O risco de pobreza infantil não se resume a dificuldades financeiras. São também crianças expostas à privação material. De legumes a material escolar, condições de habitação, férias e aniversários. São 17 os critérios tidos em conta.

Paul Heber considera que o Luxemburgo não gosta de falar em pobreza e diz que há uma tendência para culpar os pobres.

O relatório Innocenti emite também algumas recomendações para lutar de forma eficaz contra o problema da pobreza infantil. As medidas preconizadas pela Unicef vão desde a habitação à fiscalidade, passando pelas estatísticas e ajudas sociais. Uma das medidas consideradas urgentes prende-se com a tributação das famílias monoparentais, as mais afetadas pela pobreza.

Consequências da pobreza infantil podem durar uma vida inteira

A Unicef destaca que o impacto da pobreza pode ser persistente e durar uma vida inteira. Para muitas das crianças, isso pode significar que crescem sem alimentos nutritivos suficientes, roupas ou material escolar, por exemplo. Privações que podem impedi-las de usufruir dos seus direitos e prejudicar a sua saúde física e mental, pode ler-se no documento.

A agência das Nações Unidas alerta que as crianças que vivem na pobreza têm menos probabilidades de terminar os estudos, podendo vir a ganhar menos na idade adulta. Outra das conclusões da Unicef é que, em alguns países, uma pessoa que nasça numa zona desfavorecida arrisca-se a viver menos oito ou nove anos do que uma pessoa nascida numa região mais próspera.

Artigo: Diana Alves | Foto: Shutterstock


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