Construção. “95% das falências que nos chegam às mãos devem-se a má gestão”
Construção. “95% das falências que nos chegam às mãos devem-se a má gestão”
Cerca de 95% das falências de empresas da construção que chegam às mãos da central sindical OGBL devem-se a problemas de gestão.
Numa entrevista concedida à Rádio Latina, sobre a situação no setor, o sindicalista Jean-Luc de Matteis, referiu que a esmagadora maioria das falências não se prende com a falta de trabalho. Muito pelo contrário.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (Statec), no primeiro trimestre do ano 287 empresas declararam falência, sendo que o setor da construção foi o mais afetado, com 58. Nos primeiros três do ano, o ramo foi também o mais afetado em termos de emprego. As estatísticas mostram que, naquele período, as empresas perderam 325 postos de trabalho, o que equivale a mais de 38% do total.
Segundo as entidades patronais o setor poderá estar prestes a entrar numa crise sem precedentes face à quebra na atividade como consequência da fraca procura. Depois de vários alertas por parte das associações empresariais, o Governo decidiu abrir os cordões à bolsa para apoiar o setor, apresentando um pacote de 13 medidas, no valor de 150 milhões de euros. Uma das medidas visará os agregados familiares, estando previsto um reforço das ajudas individuais para facilitar o acesso à habitação.
Artigo: Diana Alves | Foto: Guy Wolff
