Grão-Duque Henri anuncia que vai abdicar do trono
Radio Latina 2 min. 23.06.2024

Grão-Duque Henri anuncia que vai abdicar do trono

Grão-Duque Henri anuncia que vai abdicar do trono

Foto: Maison du Grand-Duc
Radio Latina 2 min. 23.06.2024

Grão-Duque Henri anuncia que vai abdicar do trono

"Com a Grã-Duquesa, o Príncipe Guillaume e a Princesa Stéphanie, gostaria de vos informar que decidi nomear o Príncipe Guillaume Tenente-Representante, em outubro".

Foi com estas palavras que o chefe de Estado, o Grão-Duque Henri, anunciou a nomeação do Príncipe Herdeiro Guillaume como Tenente-Representante. A nomeação marcará o início da sua sucessão no trono.

O anúncio foi feito na manhã deste domingo no tradicional discurso da Festa Nacional, na Philharmonie, em Kirchberg, que acontece anualmente a 23 de junho, para celebrar publicamente o aniversário do soberano. O chefe de Estado acrescentou: "é com todo o meu amor e confiança que lhe desejo boa sorte".

O Grão-Duque Henri foi aplaudido de pé pelas centenas de convidados que assistiam à cerimónia. Henri e a Grã-Duquesa Maria Teresa abraçaram os herdeiros Guillaume e Stéphanie. Veja, abaixo, esse momento registado pela Rádio Latina.

A nomeação do Tenente-Representante faz parte do procedimento de sucessão ao trono. O procedimento é regido pelas disposições da Constituição, sublinha um comunicado da Casa do Grão-Duque (Maison du Grand-Duc, em francês). Segundo a estação televisiva público-privada RTL, isto significa que a nomeação do Grão-Duque Herdeiro em outubro é o "primeiro passo no procedimento de sucessão ao trono. A sucessão poderá durar até três anos até se tornar efetiva".

Henri tomou posse no dia 7 de outubro de 2000 e foi Tentente-Representante durante dois anos e sete meses. 

Luxemburgo construído com os estrangeiros

O primeiro-ministro, Luc Frieden, que discursou antes do Grão-Duque, lembrou que o "Luxemburgo foi fundado há cerca de 200 anos". O líder do Executivo considera que "uma das particularidades do país" é o facto de escrever a sua história em conjunto "com os concidadãos estrangeiros".

Esta coesão social existe entre pessoas de diferentes nacionalidades. "Pessoas de diferentes origens e meios. Com tradições e línguas maternas diferentes. Pessoas que abraçaram a pátria e as regras comuns de convivência" do Luxemburgo. Segundo o primeiro-ministro, "esta é a chave de uma convivência pacífica, que deve ser cultivada todos os dias". 

Para Luc Frieden, todos os residentes formam "um retrato colorido" do país.      

Manuela Pereira


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