O Papa Francisco ofereceu uma Rosa de Ouro à Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, padroeira da cidade do Luxemburgo. Consoladora cuja peregrinação, mais conhecida por Oitava, comemora 400 anos de existência. A visita do Papa esta quinta-feira foi aproveitada para lançar oficialmente as celebrações destes 400 anos de peregrinação da Oitava, que acontece anualmente entre o terceiro e quinto domingo após a Páscoa.
A Rosa de Ouro é uma distinção que os Papas atribuem a personalidades ou santuários, igrejas ou cidades. Visa reconhecer e recompensar alguém ou algo por serviços prestados à Igreja ou ao bem da sociedade. Trata-se de uma tradição que está documentada desde o pontificado de Leão IX (“nove”, - entre 1049 e 1954), mas acredita-se que a distinção é atribuída desde os finais do século VI (sexto) ou princípios do sétimo (século).
A Rosa de Ouro é um ornamento precioso, feito de ouro puro, matizada ligeiramente com vermelho. É criada por ourives que são abençoados todos os anos pelo Papa, no quarto domingo da quaresma, para depois serem oferecidas.
O último monarca a receber uma Rosa de Ouro foi a Grã-Duquesa Charlotte em 1956, pelos seus méritos durante a II Guerra Mundial.
O Santuário de Fátima já recebeu três Rosas de Ouro, a última das quais foi entregue pelo Papa Francisco em 12 de maio de 2017, exatamente sete anos depois da oferenda do Papa Bento XVI (16). A primeira Rosa de Ouro concebida ao Santuário de Fátima remonta a 21 de novembro de 1964 pelo Papa Paulo VI (sexto), o primeiro pontífice a visitar Fátima. Já o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga, obteve uma Rosa de Ouro pelo Papa João Paulo II, em 8 de dezembro de 2004, por ocasião da coroação de Nossa Senhora.
Com cinco Rosas de Ouro, a basílica de São Pedro em Roma é que bênçãos papais tem.
Francisco foi o segundo Papa da História a visitar o Grão-Ducado, depois de João Paulo II há 39 anos. Veio esta quinta-feira ao Luxemburgo, a convite do Grão-Duque Henri, como a Rádio Latina avançou em exclusivo em 9 de maio. Está hoje na vizinha Bélgica para uma visita de dois dias.
Artigo: Manuela Pereira / Foto: Gerry Huberty
