Governo quer manter semanas de 40 horas de trabalho, mas com flexibilidade
Radio Latina 27.11.2023 Do nosso arquivo online
Programa de Governo 2023-2028

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Governo quer manter semanas de 40 horas de trabalho, mas com flexibilidade

A tão discutida redução generalizada do tempo de trabalho não deverá ver a luz do dia nos próximos cinco anos.

Já se sabia, mas agora está preto no branco. O novo Governo não tenciona reduzir o tempo de trabalho semanal. O acordo governamental, negociado por CSV e DP, diz querer “promover uma reorganização do tempo de trabalho, garantindo a proteção dos trabalhadores e mantendo o princípio da semana de 40 horas”.

Quer isto dizer que a tão badalada redução generalizada do tempo de trabalho não deverá ver a luz do dia nos próximos cinco anos. A ideia é que os trabalhadores possam negociar modelos de trabalho mais flexíveis, mantendo o princípio das semanas de 40 horas, os limites máximos da duração do trabalho e o pagamento do trabalho prestado aos domingos e feriados.


“Fizemos as contas”. Câmara do Comércio contra a redução do tempo de trabalho
A Câmara do Comércio fez as contas e declara-se contra a redução do tempo de trabalho.

O acordo prevê, por exemplo, uma adaptação dos tempos de descanso semanal consoante as necessidades dos trabalhadores, algo a ser negociado em concertação com os parceiros sociais.

No acordo de coligação, o Executivo “compromete-se a facilitar uma reorganização do tempo de trabalho e a permitir uma melhor conciliação entre vida privada e profissional”. “Os trabalhadores e os patrões são quem melhor conhece as necessidades específicas da empresa”, pode ler-se no documento de 209 páginas. Por seu lado, o Governo compromete-se a permitir que os horários de trabalho possam ser negociados entre trabalhadores e empregadores no seio das empresas ou no âmbito de um contrato coletivo.

Em cima da mesa está também a eventual “anualização do tempo de trabalho”, que será discutida no âmbito da reforma do Plano de Organização do Trabalho (POT). Esta é uma medida defendida há algum tempo pela União das Empresas Luxemburguesas (UEL) que defende a possibilidade de o trabalhador poder trabalhar mais em certos períodos do ano e menos noutros, consoante o nível de atividade da empresa.


Estudo sobre redução do tempo de trabalho requer (afinal) mais estudos
Reduzir, ou não, o tempo de trabalho semanal no Luxemburgo? Eis a questão que motivou um estudo que recomenda a realização de mais estudos sobre a matéria.

Recorde-se que a redução da semana de trabalho foi um dos temas principais da campanha eleitoral de alguns partidos. Isto depois de o assunto ter sido alvo de um estudo encomendado pelo antigo ministro do Trabalho, Georges Engel, do LSAP, partido que defende a redução do número de horas de trabalho semanal de 40 para 38.

Artigo: Diana Alves | Foto: AFP


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